Irã dobra sua guerra contra mineradores de criptomoedas ilegais (relatório)

As autoridades iranianas supostamente imporão sanções mais duras aos mineradores de criptomoedas ilegais, já que alguns comerciantes podem até ir para a prisão. Antes disso, as autoridades proibiram toda a mineração de ativos digitais durante o inverno, argumentando que isso poderia reduzir a pressão sobre a rede elétrica nacional durante os meses mais frios do ano.

A intolerância do Irã em relação aos mineradores de criptomoedas

O governo do país asiático é conhecido por sua postura negativa sobre a indústria de mineração de criptomoedas. Em maio passado, encerrou todas essas atividades por um período de quatro meses, dizendo que as mineradoras poderiam causar interrupções significativas no sistema de energia. Durante a proibição, as autoridades confiscaram milhares de plataformas de mineração de criptomoedas. A certa altura, eles apreenderam 7.000 dessas máquinas em uma única operação.

Apesar de permitir que os mineradores legais retomem suas atividades desde setembro, o Ministério da Energia suspendeu temporariamente suas atividades no final de 2021. O órgão governante manteve uma postura semelhante: a mineração de criptomoedas sobrecarregará a rede elétrica, por isso deve ser proibida.

Com as temperaturas começando a subir em março deste ano, o governo revelou planos para suspender a proibição. O Ministério da Indústria, Minas e Comércio, no entanto, disse que só permitirá que empresas que usem fontes de energia renováveis ​​alimentem seus supercomputadores.

Um relatório recente do The Tehran Times revelou que as penalidades para aqueles que operam sem autorização ou usam um tipo de energia diferente da mencionada acima podem ser severas. Em particular, o governo planeja aumentar as multas de um mínimo de três para um máximo de cinco vezes e até colocar garimpeiros ilegais atrás das grades.

“Qualquer uso de eletricidade subsidiada, destinada a assinantes domésticos, industriais, agrícolas e comerciais, para mineração de criptomoedas é proibido”, disse Mohammad Bohlouli, executivo da Tavanir.

À semelhança dos avisos anteriores, o responsável referiu que o uso indevido de electricidade subsidiada para extrair activos digitais reduz a qualidade do fornecimento de energia na rede nacional e "prejudica os electrodomésticos das pessoas como televisores, frigoríficos, ar condicionados e assim por diante. Rua".

A posição do Cazaquistão sobre mineradores de criptomoedas

Vale observar como o segundo maior minerador de bitcoin em termos de taxa de hash global – o Cazaquistão – trata seu setor de mineração. Na semana passada, as autoridades do país revelaram intenções de tributar os mineradores com base na avaliação do ativo digital primário. Alibek Kuantyrov – Vice-Ministro da Economia Nacional – acredita que a iniciativa melhorará o orçamento do Estado:

“Estamos considerando aumentar a carga tributária dos mineradores, no momento também estamos considerando vincular a alíquota dos mineradores ao valor da criptomoeda. Se a criptomoeda crescer, será bom para o orçamento."