O banco central do Japão começará a testar o uso de um iene digital em abril deste ano.
A instituição disse anteriormente que poderia usar a Suécia como modelo para o lançamento de uma CBDC.
Acompanhando a China
Conforme relatado pela CNBC, a fase de teste inclui o processamento de transações simuladas com empresas financeiras privadas. Shinichi Uchida, diretor executivo do Banco do Japão, disse que consumidores e varejistas seriam impedidos de participar do experimento.
"Nossa esperança é que o programa piloto leve a melhores projetos por meio de discussões com empresas privadas", disse ele.
O teste visa preparar o banco central japonês caso o governo local emita uma versão digital da moeda nacional. Uchida acha que tal produto financeiro deveria ser apresentado ao setor privado antes de ser publicado:
“Caso um CBDC seja emitido no futuro, explorar sua estrutura tão gradualmente e se engajar em uma comunicação altamente transparente com o setor privado são passos necessários a serem tomados para adoção na sociedade.”
O banco central garantiu há um ano que abordará o CBDC com cautela e garantirá sua compatibilidade com o ecossistema monetário nacional. Ele também prometeu seguir o exemplo da Suécia e não copiar os passos da China.
O país escandinavo vem realizando experimentos para investigar como uma coroa digital se encaixará em sua rede financeira e se poderá utilizar pagamentos internacionais.
A China, por outro lado, introduziu uma campanha agressiva para popularizar seu e-CNY. As autoridades locais distribuíram milhões de dólares do produto para moradores de várias cidades, incluindo a capital Pequim, Chengdu, Shenzhen e outras. Eles também permitiram que o yuan digital fosse usado durante os Jogos Olímpicos de Inverno realizados em Pequim no ano passado.
Intercâmbios fogem do Japão
O governo japonês aprovou recentemente um projeto de lei que faria com que os emissores de criptomoedas não precisassem mais pagar 30% de imposto corporativo sobre suas participações. Apesar das regras mais flexíveis, alguns dos principais locais de negociação, como Kraken e Coinbase, disseram que sairão do ecossistema local.
O primeiro apontou as condições desfavoráveis do mercado japonês e o declínio da indústria de criptomoedas como os principais motivos.
A Coinbase seguiu o exemplo logo depois, citando fatores semelhantes. Os usuários locais tiveram até 16 de fevereiro para retirar seus fundos da plataforma.
A Binance, no entanto, pediu licença em setembro do ano passado para reentrar na "Terra do Sol Nascente". Fortaleceu sua presença na região em novembro ao adquirir a Sakura Exchange BitCoin (SEBC).
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