Médicos dizem que a neurodivergência da SBF afetou suas respostas ao estudo

A neurodivergência de Sam “SBF” Bankman-Fried é a culpada pela forma como ele se comportou no tribunal. De acordo com um grupo de médicos, seu transtorno do espectro do autismo (TEA) e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) fizeram com que ele desse respostas longas e detalhadas que acabaram frustrando o juiz.

Eles compartilharam essas preocupações em um documento legal que apoiava o recurso da SBF em 20 de setembro e disseram que as decisões do tribunal eram injustas para com a SBF. Um grande problema foi que o Tribunal Distrital de Manhattan permitiu que os promotores do governo o interrogassem sem a presença do júri.

Médicos criticam forma como o tribunal trata a SBF

O juiz criticou repetidamente a SBF por suas respostas prolixas e por suas tentativas de esclarecer dúvidas. Os médicos dizem que este é um comportamento típico de pessoas com TEA, que tendem a interpretar a linguagem literalmente.

As constantes correções do juiz fizeram com que a SBF mudasse seu comportamento diante do júri. Em vez de dar respostas detalhadas, ele começou a responder com respostas curtas e concisas como “Sim”.

Os médicos acreditam que essas respostas o fizeram parecer arrogante ou indiferente. Eles acreditam que esta mudança foi uma forma de “correção excessiva” que o fez parecer pouco cooperativo. Essa percepção pode ter influenciado a visão que o júri tinha dele.

Em março, a SBF foi condenada a 25 anos de prisão por fraudar clientes da FTX em US$ 11 bilhões. O juiz Lewis Kaplan o acusou de ser “evasivo” e de dividir os cabelos durante seu depoimento.

Outro problema encontrado pelos médicos foi a falta de acesso da SBF a documentos importantes e medicamentos adequados durante o julgamento. Os médicos apontaram que as pessoas com TEA aparentemente precisam de informações concretas para poder dar respostas precisas.

A SBF não teve acesso a muitos documentos da FTX que poderiam tê-lo ajudado a explicar suas ações. O criminoso condenado não recebeu a dose habitual de medicação para TDAH nas primeiras três semanas do julgamento.

Isto afectou a sua capacidade de concentração, especialmente durante as fases iniciais, quando o governo apresentava provas.