As autoridades brasileiras teriam ordenado que Glaidson Acácio dos Santos (conhecido como "Bitcoin Pharaoh") depositasse R$ 19 bilhões (quase US$ 3,7 bilhões) em juízo. Essa quantia será repassada a mais de 122.000 investidores e credores que se tornaram vítimas de seu esquema de fraude de criptomoedas.
No ano passado, a polícia federal brasileira organizou uma missão especial chamada "Operação Kryptos", que impediu as atividades ilegais de Santos. Além disso, confiscaram US$ 28,7 milhões em ativos digitais e aproximadamente US$ 3,6 milhões em dinheiro e vários itens de luxo.
"Bitcoin Faraó" tem 48 horas
Cobertura recente da mídia brasileira Grupo Globo revelou que a juíza Rosália Monteiro Figueira da 3ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro ordenou que Glaidson Acácio dos Santos depositasse aproximadamente US$ 3,7 bilhões. Portanto, o empresário e ex-pastor (popular sob seu pseudônimo "Bitcoin Pharaoh") pagará 122.072 investidores que perderam seus fundos devido ao seu esquema de criptografia em pirâmide.
De acordo com a decisão das autoridades, Santos tem 48 horas para transferir o valor. Uma vez depositado em juízo, o dinheiro será distribuído para as pessoas que se declararem vítimas. Vale ressaltar que o pagamento da dívida só será aceito se o “Bitcoin Pharaoh” puder comprovar a origem lícita dos fundos.
O advogado de Santos, Ciro Chagas, reclamou da ordem do juiz Figueira, afirmando que as condições de pagamento não condizem com "a realidade da empresa".
“Ela interpreta o fluxo de movimentações de entrada e saída das contas da empresa ao longo dos anos como se o saldo fosse devido. Por isso, a defesa manifesta a sua desaprovação com a referida decisão, que certamente será revista”, acrescentou.
Há pouco tempo, Santos mostrou sua intenção de concorrer a deputado federal pelo Partido Democrata-Cristão. Na semana passada, no entanto, um tribunal brasileiro decidiu por unanimidade que ele deveria ficar longe da política por seu envolvimento em um golpe de bitcoin.
A maior apreensão de criptomoedas da história do Brasil
Em agosto de 2021, a polícia federal brasileira encerrou as operações da empresa de investimentos em criptomoedas de Santos e prendeu ele e outras quatro pessoas em um dos bairros mais caros do Rio de Janeiro.
De acordo com as autoridades, a empresa prometeu aos investidores um retorno de até 15% dos ativos investidos, mas em troca, "Bitcoin Pharaoh" e seus parceiros usariam esses fundos para comprar relógios caros e carros de luxo.
No decorrer da operação, a polícia confiscou esses itens junto com US$ 28,7 milhões em criptomoedas, o que ganhou as manchetes como o maior sequestro de criptomoedas na história do país sul-americano.
O post do “Bitcoin Pharaoh” do Brasil ordenado a reembolsar investidores fraudados com US$ 3,7 bilhões (relatório) apareceu pela primeira vez no CryptoPotato .