Wells Fargo enfrenta ação coletiva por supostamente sobrecarregar membros do serviço militar

Uma nova ação coletiva foi movida contra o gigante bancário Wells Fargo, acusando a instituição de cobrar a mais de milhares de clientes em taxas de juros e taxas de cartão de crédito por mais de uma década. A ação, movida pelos demandantes Carmin Nowlin, Tamika Haley e Jesus Rodriguez, alega que o Wells Fargo cobrou dos membros ativos do serviço militar dos EUA taxas de juros e taxas que excederam os limites estabelecidos pela Lei de Assistência Civil aos Membros do Serviço (SCRA).

Alegações de violações do SCRA

A Lei de Assistência Civil aos Membros do Serviço (SCRA) determina que todas as dívidas contraídas pelos militares antes de serem chamados para o serviço ativo devem ter suas taxas de juros reduzidas para 6%. Além disso, os bancos são obrigados a perdoar permanentemente os juros superiores a esta taxa. No entanto, de acordo com os demandantes, o Wells Fargo envolveu-se num padrão de cobrança excessiva aos membros do serviço militar, apesar da publicidade dirigida a este grupo demográfico, especialmente aqueles destacados no estrangeiro.

Os demandantes alegam que o Wells Fargo violou suas obrigações estatutárias e contratuais para com os militares e se envolveu em práticas enganosas ao ocultar cobranças excessivas e violações do SCRA. O banco supostamente permitiu que cobranças ilegais inflacionassem os saldos principais dos militares e até aplicasse juros compostos a esses valores inflacionados. Além disso, os demandantes alegam que o Wells Fargo continuou essas práticas em todo o país por mais de uma década, ocultando as violações das famílias de militares afetadas.

Resposta do Wells Fargo e questões legais anteriores

Atualmente, o Wells Fargo não divulgou as acusações do processo. Este processo se soma aos recentes processos e reclamações que o gigante bancário tem enfrentado. Entre eles está um caso envolvendo uma cliente que relatou que o Wells Fargo não conseguiu resolver o roubo de milhares de dólares de sua conta, deixando-a no limbo por sete meses.

A ação coletiva contra o Wells Fargo destaca sérias alegações de cobrança excessiva e práticas enganosas contra militares. Embora o banco ainda não tenha respondido publicamente a estas alegações, o seu histórico de problemas jurídicos levanta preocupações sobre as suas práticas e o tratamento dos clientes. À medida que o caso se desenvolve, os militares e consumidores afectados aguardam ansiosamente clareza e responsabilização por parte de uma das maiores instituições financeiras do país.