Tribunal de Cingapura concede moratória de 4 meses ao WazirX com condições estritas: relatório

Um tribunal de Cingapura concedeu uma moratória de quatro meses à bolsa indiana de criptomoedas WazirX, após o pedido da empresa de um adiamento temporário.

A moratória, no entanto, vem com algumas condições, incluindo total transparência dos endereços de carteira e registros financeiros da bolsa.

Condições judiciais

Este desenvolvimento ocorre depois que o WazirX foi atingido por um ataque cibernético massivo em julho, resultando na perda de US$ 234 milhões, afetando 45% dos fundos de seus clientes. De acordo com uma declaração vista pela CoinDesk, as condições incluem a apresentação de uma declaração judicial divulgando todos os endereços de carteira associados ao WazirX.

Além disso, a bolsa é obrigada a publicar seus livros contábeis dentro de seis semanas e responder a todas as dúvidas dos usuários durante esse período. O tribunal também determinou que qualquer votação sobre as suas ações futuras deve ser conduzida numa plataforma independente para garantir a justiça.

O juiz presidente disse que a bolsa agiu de “boa fé” ao solicitar esta moratória, reconhecendo os seus esforços para proteger os seus credores enquanto navegava numa crise financeira. Ele também encorajou a empresa a considerar a divulgação de quaisquer ativos não criptográficos.

A WazirX, que já foi uma das maiores bolsas de criptomoedas da Índia em volume de negócios, inicialmente buscou uma moratória de seis meses do Tribunal Superior de Cingapura para lidar com seus esforços de recuperação. Nischal Shetty, o fundador da empresa, também defendeu a sua ação rápida ao pedir a moratória.

“O nosso apelo imediato a uma moratória foi um passo decisivo para garantir o caminho de resolução mais rápido, mais justo, aprovado pelos credores e juridicamente vinculativo, onde os credores têm uma escolha simbólica e uma vantagem potencial numa corrida de touros.”

Apesar das medidas tomadas para buscar proteção legal e trabalhar para uma resolução, as chances de os clientes serem reembolsados ​​em criptomoeda permanecem mínimas, de acordo com os consultores jurídicos da empresa.

O explorador está quase terminando de lavar os fundos roubados

Num outro desenvolvimento relacionado, os dados da rede mostram que o hacker responsável pelo roubo quase completou o processo de lavagem dos fundos roubados. A carteira contendo os ativos roubados foi reduzida para US$ 6 milhões em Ethereum (ETH), abaixo dos US$ 234 milhões iniciais.

Dados do blockchain Arkham indicam que o hacker usou o serviço de privacidade Tornado Cash para movimentar fundos, uma plataforma que mascara endereços e transações de carteiras.

Somente em agosto, mais de US$ 50 milhões em tokens foram canalizados através do serviço, com a atividade de hackers aumentando em setembro. A última grande transação ocorreu em 25 de setembro, quando 3.792 ETH no valor de cerca de US$ 10 milhões foram transferidos para uma nova carteira.

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