A inflação da zona euro manterá a sua desaceleração?

Rumores de Março dizem que a inflação na zona euro poderá recuar um pouco, atingindo os esperados 2,5%. Esta ligeira flexibilização face aos 2,6% do mês passado é como uma faca de dois gumes para quando o Banco Central Europeu (BCE) finalmente colocar a sua tesoura em acção para cortar as taxas. Uma combinação de pequenos aumentos nos bens e nos alimentos, em contraste com os preços mais elevados do petróleo e o efeito da Páscoa antecipada – pense em pacotes de férias e voos mais caros – está a fazer com que as coisas pareçam realmente interessantes para mim neste momento.

Uma análise mais detalhada do que impulsiona os preços

O espetáculo antecipado da Páscoa deste ano também elevou os preços para quem quer fugir ou curtir férias, com pacotes de férias e passagens aéreas registrando aumentos notáveis. Os analistas do Deutsche Bank esperam um aumento de 10% nos preços dos pacotes de férias e um aumento de 4% nas tarifas aéreas este mês, embora esperem uma queda no final do mês. No entanto, apesar destes picos esperados, os dados recentes da inflação nacional mostram menos pressão sobre os preços do que muitas pessoas (incluindo eu) estavam a apostar.

Espanha e França reportaram números de inflação mais fracos do que os nossos economistas esperavam, com os espanhóis a registarem um aumento menor do que o esperado, mesmo com menos amortecimento governamental sobre os custos energéticos. A Itália também concordou com um crescimento mais fraco dos preços, sugerindo uma tendência mais ampla que poderá deixar os decisores do BCE ainda mais preocupados.

Desculpe, Christie.

O esclarecimento económico da zona euro

Com a próxima reunião do BCE marcada para 11 de Abril, a grande questão é se a ligeira queda da inflação em Março será suficiente para influenciar o debate sobre as taxas. Mas gente, na verdade não é só uma questão de números. A confiança económica da zona euro está a mostrar alguns sinais de recuperação da crise, aproximando-se do seu ritmo habitual. Pelo menos de acordo com investigações recentes. Este ligeiro aumento no sentimento nos sectores de consumo, serviços e indústria pode ser apenas um vislumbre de esperança para uma recuperação modesta no primeiro trimestre, após uma estagnação em 2023.

Os rumores que circulam, ou pelo menos os do governador do Banco da Grécia, Yannis Stournaras, são de que se esta tendência de arrefecimento da inflação continuar, poderemos ver o BCE aliviar o travão nas taxas de juro não uma vez, mas potencialmente quatro vezes este valor. . ano.

Interessante, hein?

Contudo, nem todos no BCE dizem o mesmo sobre o velho Yannis. Alguns acreditam que a escolha é mais conservadora em termos de redução de alíquotas. Contudo, acredito firmemente que a disparidade de opiniões dentro do círculo interno do BCE pode não ser tão grande como o circo mediático sugere.

Enquanto aguardamos pelos últimos dados de inflação e pelo próximo movimento do BCE, o debate continua: cortar ou não cortar? Esta é a questão.

Então, quem responderá?