A sofisticação criptográfica leva a sentenças mais duras para criminosos australianos (estudo)

Pesquisa conduzida pela RMIT University de Melbourne estimou que criminosos australianos que usaram criptomoedas, como bitcoin, em seus esquemas receberam sentenças mais duras do que aqueles que usaram fiduciário.

O estudo delineou o papel dos ativos digitais na Dark Web, afirmando que eles estão entre os principais métodos de pagamento ali suportados.

Menos pena para criminosos que usam criptomoedas

A análise analisou 59 casos envolvendo pessoas que usaram criptomoedas em seus crimes entre 2013 e 2022. Quase 80% estavam relacionados ao tráfico de drogas, enquanto as acusações restantes incluíam lavagem de dinheiro e armas de fogo.

Lisanne Adam, coautora do estudo, disse que os juízes viam os ativos digitais como um fator sofisticado nos crimes e, assim, puniam os infratores com punições mais severas:

“Uma razão é que a criptomoeda é o único método de pagamento nos mercados da dark web e os juízes de sentença desejam enviar uma mensagem para dissuadir possíveis infratores”.

Ele explicou ainda que os ativos digitais são atraentes para os criminosos porque têm a capacidade de facilitar "transferências globais contínuas sem o atrito do sistema bancário tradicional e de uma maneira que pode ser difícil de identificar".

No entanto, Adam acredita que os magistrados devem se adaptar à nova tecnologia e pronunciar sentenças relevantes com base nos crimes e não nos métodos de pagamento utilizados:

"Existe o risco de que os promotores de aplicação da lei caracterizem a criptomoeda como um indicador de sofisticação no crime, o que nem sempre é o caso. As agências de aplicação da lei devem determinar efetivamente o nível de sofisticação do crime e abrir um processo justo.

Criptomoedas se tornam mais populares na Austrália

Um estudo do Independent Reserve determinou recentemente que mais de 25% dos australianos (no final de 2022) eram HODLers. A classe de ativos é muito mais intrigante para a geração mais jovem, com 40% dos entrevistados entre 25 e 34 anos tendo alguma exposição a criptomoedas. Em comparação, menos de 10 por cento das pessoas com mais de 65 anos aderiram ao movimento.

A conscientização sobre criptomoedas também foi alta em Land Down Under. O Bitcoin continuou sendo a moeda digital mais reconhecida, com 90,8% dos participantes cientes de sua existência. Cerca de 43% tinham algum conhecimento sobre Ethereum, enquanto os próximos ativos mais famosos foram Dogecoin (DOGE), Cardano (ADA), Ripple (XRP), Solana (SOL) e Tether (USDT).

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