Senado brasileiro aprova projeto de lei para regular transações criptográficas

Senado brasileiro aprova projeto de lei para regular transações criptográficas

Na terça-feira, o plenário do Senado brasileiro aprovou um projeto de lei que regularia as transações de criptomoedas no país, introduzindo "prestadores de serviços virtuais".

Apresentado pelo senador Flavio Arns, o projeto agora passa para a Câmara dos Deputados, que vai votar o projeto. Se o projeto for aprovado, o poder executivo terá então o poder de veto. O poder executivo terá simultaneamente o poder de determinar quais agências reguladoras terão autoridade para supervisionar os provedores de serviços criptográficos.

De acordo com o relator do projeto de lei, Irajá Abreu, o banco central do país provavelmente será o responsável por regular o setor de criptomoedas.

“Avançamos nas discussões do relatório para que possamos finalmente votar aqui hoje nesta questão de regulamentação de criptoativos, que alguns chamam de criptomoedas, uma questão extremamente importante e urgente”, disse Abreu.

O projeto de lei diz respeito à AML

O projeto de lei, composto por contribuições de outros três projetos de lei ao Congresso brasileiro, poderia lançar as bases para um marco regulatório mais amplo. Com o ritmo de desenvolvimento da indústria, a necessidade de regulamentações de criptomoedas se tornou mais evidente. Para o Brasil, tais leis seriam muito importantes, já que é o maior mercado da América Latina.

Entre junho de 2020 e julho de 2021, o Brasil registrou um volume de transações de criptomoedas de aproximadamente US$ 91 bilhões , segundo a Chainalysis.

A lei também exigirá que os provedores de serviços criptográficos sigam certas diretrizes sobre a proteção de dados e fundos de clientes. Além disso, as práticas de combate à lavagem de dinheiro farão parte dos requisitos da norma.

As regulamentações aumentam as chances de fraude criptográfica?

O Brasil também atua como um dos maiores mercados da região para golpes. No ano passado, houve cerca de US$ 503 milhões (2,5 bilhões de reais) em golpes de criptomoedas no ano passado. No entanto, o novo projeto de lei não fornece a clareza regulatória necessária que poderia ajudar a minimizar esses casos.

Segundo relatos, o projeto de lei também definirá fraude em ativos digitais. Outras mudanças no Código Penal incluem a imposição de penas de prisão e multas por fraude em ativos digitais. Atualmente, a pena de prisão de dois a seis anos é menor do que a proposta da versão anterior do projeto, que previa de quatro a oito anos.

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O projeto de lei após a aprovação do Senado brasileiro para regular as transações criptográficas apareceu pela primeira vez no BeInCrypto .