Estados Unidos pedem participação de Taiwan na conferência da OMS

Os Estados Unidos instaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) convidam Taiwan como observador para a próxima reunião anual em Genebra, agendada para 21 a 30 de maio.

Os comentários do secretário de Estado, Antony Blinken, provocaram críticas da China , que vê Taiwan como uma de suas províncias e bloqueou sua participação na reunião anual da OMS desde 2017 como parte de uma campanha mais ampla para isolar a ilha.

Os Estados Unidos apoiam uma abordagem inclusiva

Blinken enfatizou que convidar Taiwan demonstraria o compromisso da OMS com uma abordagem inclusiva de "saúde para todos" para a cooperação internacional em saúde.

Ele acrescentou que o apoio dos EUA à participação de Taiwan está de acordo com a política de uma só China de Washington. O Ministério das Relações Exteriores de Taiwan expressou gratidão pelo forte apoio dos EUA, dizendo que a exclusão da ilha seria "completamente além da razão" e prejudicaria a cooperação global em saúde.

Taiwan foi barrado pela maioria das organizações globais devido às objeções de Pequim, com a ilha alegando que essa exclusão prejudicou seus esforços para combater a pandemia do COVID-19.

Embora Taiwan tenha permissão para participar de algumas reuniões técnicas da OMS, sua ausência na reunião anual tem sido um ponto discutível.

A resposta da China aos comentários dos EUA

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que os comentários dos EUA confundiram o público e pediu aos EUA que não usem a reunião da assembléia da OMS para "glorificar" questões relacionadas a Taiwan.

Ele enfatizou que a participação de Taiwan em organizações internacionais, incluindo a OMS, deve ser administrada de acordo com o princípio de Uma Só China.

Wang também instou os Estados Unidos a aderir ao princípio de Uma Só China e às disposições dos três comunicados conjuntos sino-americanos. Ele pediu aos Estados Unidos que cumpram as promessas de seus líderes de não apoiar a "independência de Taiwan".

O desacordo em andamento sobre a participação de Taiwan na conferência da OMS destaca o delicado equilíbrio nas relações EUA-China, com ambas as nações mantendo posições firmes sobre o assunto.

A pressão dos EUA pelo status de observador de Taiwan na reunião anual da OMS deve aumentar as tensões entre Washington e Pequim, à medida que as duas superpotências continuam navegando em seu relacionamento complexo.

O resultado desta situação terá implicações significativas não apenas para o futuro do envolvimento de Taiwan em organizações globais, mas também para a dinâmica EUA-China mais ampla nos próximos meses.